maquiagens
alargadores
pingentes
correntes
perfumes
pulseiras
celulares
presilhas
isqueiros
cigarros
garrafas
incensos
algemas
esperma
grampos
chicletes
sapatos
moedas
poeiras
brincos
línguas
clitóris
pernas
pontas
dentes
roupas
cinzas
discos
maços
camas
cintos
meias
livros
balas
horas
pênis
nós
nús
madrugadas
movimentos
promessas
orgasmos
fantasias
perfumes
segredos
lambidas
gemidos
arrepios
desejos
tempos
sonhos
hálitos
danças
toques
odores
livres
taras
falas
amor
sons
bom
dia
cú
27 dezembro 2009
26 dezembro 2009
super fly
seu corpo volt
saber as noites
seguir nosso fim
sem olhar no decote
sentir medo do rosto
sem perceber a morte
morrerei sem saber se
ainda posso te convidar
para ouvirmos mr. curtis
saber as noites
seguir nosso fim
sem olhar no decote
sentir medo do rosto
sem perceber a morte
morrerei sem saber se
ainda posso te convidar
para ouvirmos mr. curtis
verão
o selvagem chegou
dentro das chuvas
atrás da cachoeira
dobrou a vegetação
silenciou as pedras
(en) cantou a criação
verteverte um filme
debaixo d'água
verteverte
na barriga do peixe
verdeverdes
olhos choram
acima do céu
a cachoeira
verde ver te
dentro das chuvas
atrás da cachoeira
dobrou a vegetação
silenciou as pedras
(en) cantou a criação
verteverte um filme
debaixo d'água
verteverte
na barriga do peixe
verdeverdes
olhos choram
acima do céu
a cachoeira
verde ver te
23 dezembro 2009
musa bamba
um dia perfeito para
te seguir rarefeito
e bater o carro
a 180 km/h
num poste qualquer
voyeur
das palavras cruzadas
vestido azul semiótico
ela diz:
- as palavras não dizem nada ...
- as pessoas que dizem
será
sexta parecendo sábado
meu reflexo numa janela
te reencontro afinal
no quarto desarrumado
depois do fim do mundo
depois de cinco verões
até anoitecer em nós
na metrópole caótica
com cervejas ervas
filtradas nicotinas
livros filmes música
cafés expressos ou não
comidas em bandeijões
de universidades federais
nossos corpos lançados
ao chão e depois ao céu
livres
samba soul
free jazz
afro beat
reggae dub rap
latinismos ancestrais
meninos perdidos
que o sol acorda
enquanto morremos
para ressuscitarmos
com loucos olhos
após feijoada e caipirinha
entre os dentes na língua
na garganta um picolé
partimos com a tarde
grafites e pixações
berrando sábado nos muros
digerimos a vida (jamais ruminar!)
cinzas poluídos intoxicados
tuberculosos sem dentes
catando latinhas a 1 real o quilo
embrenhamos na floresta
nas entranhas da métropole
gravemente silenciosa (?)
até sermos as sombras
duma plateia de teatro
- conformismo confortável?
- não! ainda temos pernas!
várias pernas
então fumo-nos & subimos
o morro do querosene
e assistimos o samba
enquanto amanhecemos
5 verões mais tarde
na tribo daquela que diz que sabe quem sou eu no cú da noite
faz
engenharia musical
tem
sono polifásico
está
em transe
engoliu
cogumelos
em
rituais
é
dionísiaca
&
apolínea
ao
mesmo tempo
estômagos vagos
de gigante pressa
num dia de domingo
por jorge ben e pelo sol
todos sentados na mesma mesa com a mesma
fome conjugados num circular girador
vemos o passado deixar de existir
nos olhos brancos da mulher desmaiada
amanheceu invertido
no espelho d`água
céu azul noite estrelada
plantas paulistas
verdolengas pontiagudas
apartamentos
hippies yuppies
se confundem
no escuro
70's em 2009 a 35°C
gosto de sonhos beats na boca seca
segunda-feira augusta
um anjo de olhos azuis
cheira cocaína e beija
com sua língua de fogo
e atinge o amor em ondas
que lhe contraem
e descontraem o cérebro
ao seu lado outro anjo sorri
é bruna: a princesa de rondônia
paralelos andamos
com nossos cabelos compridos
subimos sensuais & descemos
escadas antigas de metais
automóveis dilacerados
através de metrôs condicionados
lixo laranjas cigarros barracas
ambulantes fumaça sirenes luzes de natal
prédios centros periferias centrais
centros periféricos calor muito calor
verão foucaultiniano
pré-experiências lisérgicas
em becos ácidos
a pé do braz à consololação
surgimos como fantasmas na
praça roosevelt com
sonhos de juréia
arte em chamas
aglomerações
cheiro
cheias de morte
virado paulista e dinheiro queimado
um jacaré saiu no jardim pantanal
às 19:16 minutos terça 22 de dezembro
azul aqui cinza lá no cartão postal
ap 405 bloco b "i am a warrior"
COUNT OSSIE! rolando
"i can see! i can show"
tam bo res
exú vei roselétri cosgotele jantes
minhacasagora ficanal turadarvo re
a africana a mistura a fusão a confusão
a mexicanaportuguesauruguaiargentinaparaguaia
te seguir rarefeito
e bater o carro
a 180 km/h
num poste qualquer
voyeur
das palavras cruzadas
vestido azul semiótico
ela diz:
- as palavras não dizem nada ...
- as pessoas que dizem
será
sexta parecendo sábado
meu reflexo numa janela
te reencontro afinal
no quarto desarrumado
depois do fim do mundo
depois de cinco verões
até anoitecer em nós
na metrópole caótica
com cervejas ervas
filtradas nicotinas
livros filmes música
cafés expressos ou não
comidas em bandeijões
de universidades federais
nossos corpos lançados
ao chão e depois ao céu
livres
samba soul
free jazz
afro beat
reggae dub rap
latinismos ancestrais
meninos perdidos
que o sol acorda
enquanto morremos
para ressuscitarmos
com loucos olhos
após feijoada e caipirinha
entre os dentes na língua
na garganta um picolé
partimos com a tarde
grafites e pixações
berrando sábado nos muros
digerimos a vida (jamais ruminar!)
cinzas poluídos intoxicados
tuberculosos sem dentes
catando latinhas a 1 real o quilo
embrenhamos na floresta
nas entranhas da métropole
gravemente silenciosa (?)
até sermos as sombras
duma plateia de teatro
- conformismo confortável?
- não! ainda temos pernas!
várias pernas
então fumo-nos & subimos
o morro do querosene
e assistimos o samba
enquanto amanhecemos
5 verões mais tarde
na tribo daquela que diz que sabe quem sou eu no cú da noite
faz
engenharia musical
tem
sono polifásico
está
em transe
engoliu
cogumelos
em
rituais
é
dionísiaca
&
apolínea
ao
mesmo tempo
estômagos vagos
de gigante pressa
num dia de domingo
por jorge ben e pelo sol
todos sentados na mesma mesa com a mesma
fome conjugados num circular girador
vemos o passado deixar de existir
nos olhos brancos da mulher desmaiada
amanheceu invertido
no espelho d`água
céu azul noite estrelada
plantas paulistas
verdolengas pontiagudas
apartamentos
hippies yuppies
se confundem
no escuro
70's em 2009 a 35°C
gosto de sonhos beats na boca seca
segunda-feira augusta
um anjo de olhos azuis
cheira cocaína e beija
com sua língua de fogo
e atinge o amor em ondas
que lhe contraem
e descontraem o cérebro
ao seu lado outro anjo sorri
é bruna: a princesa de rondônia
paralelos andamos
com nossos cabelos compridos
subimos sensuais & descemos
escadas antigas de metais
automóveis dilacerados
através de metrôs condicionados
lixo laranjas cigarros barracas
ambulantes fumaça sirenes luzes de natal
prédios centros periferias centrais
centros periféricos calor muito calor
verão foucaultiniano
pré-experiências lisérgicas
em becos ácidos
a pé do braz à consololação
surgimos como fantasmas na
praça roosevelt com
sonhos de juréia
arte em chamas
aglomerações
cheiro
cheias de morte
virado paulista e dinheiro queimado
um jacaré saiu no jardim pantanal
às 19:16 minutos terça 22 de dezembro
azul aqui cinza lá no cartão postal
ap 405 bloco b "i am a warrior"
COUNT OSSIE! rolando
"i can see! i can show"
tam bo res
exú vei roselétri cosgotele jantes
minhacasagora ficanal turadarvo re
a africana a mistura a fusão a confusão
a mexicanaportuguesauruguaiargentinaparaguaia
a brasileira muzamba samba
meu sonho de samba
como um bamba
como a musa samba
seu samba na cor da banda
na corda bamba do samba
da musa bamba de muzamba
restagorannabelle
esconder ou não
as marcas
que tu deixou em meus
abraços
meu sonho de samba
como um bamba
como a musa samba
seu samba na cor da banda
na corda bamba do samba
da musa bamba de muzamba
restagorannabelle
esconder ou não
as marcas
que tu deixou em meus
abraços
17 dezembro 2009
profecia
na estrada percorrerá
todo organismo a pé
total sem nome
nem sobrenome
um
bicho não catalogado
pousará sobre suas unhas
sem adjetivo o sol
será sol a poeira
empoeirará a palavra
a palavra palavra
corpo indigente
a comida comida
visão do olhar
vida metáfora da vida
todo organismo a pé
total sem nome
nem sobrenome
um
bicho não catalogado
pousará sobre suas unhas
sem adjetivo o sol
será sol a poeira
empoeirará a palavra
a palavra palavra
corpo indigente
a comida comida
visão do olhar
vida metáfora da vida
16 dezembro 2009
loucaco
louco
louc a-
tire a
-teie fogo
com on-
tém!
loucolou
calouca
me
ma
te
ma
te
loucalou
colouco
-m flor
de lou
-ca cor
louc a-
tire a
-teie fogo
com on-
tém!
loucolou
calouca
me
ma
te
ma
te
loucalou
colouco
-m flor
de lou
-ca cor
oricidental
e
lá
sobre
a cidade
oricidental
a morte voou
e o ruflar das asas
foi a música que se fez
por si só e logo se dezfez
para outro mistério se fazer
lá
sobre
a cidade
oricidental
a morte voou
e o ruflar das asas
foi a música que se fez
por si só e logo se dezfez
para outro mistério se fazer
o²
sim! percebo-os:
erros milimétricos
cometidos até o talo
das barbatanas do peixe
que tenho nas mãos. vivo!
vivo porque movo a boca
a dizer o seu nome
sem oxigênio.
erros milimétricos
cometidos até o talo
das barbatanas do peixe
que tenho nas mãos. vivo!
vivo porque movo a boca
a dizer o seu nome
sem oxigênio.
canivetes
a pele contrasta
com a língua roxa
canivete atravessa
a veste em chamas
ilumina seus cabelos
com a língua roxa
canivete atravessa
a veste em chamas
ilumina seus cabelos
atravessa canivete
a tarde arde as orelhas
e morde nossos sonhos
canivete atravessa
na superfície da sua língua
de tantas meias palavras
canivete atravessado
...
livro-me da vontade
...
& desejo ao máximo
!
volúpias secretas
+
(nós entre parênteses)
[escusos] & {secretos}
...
& desejo ao máximo
!
volúpias secretas
+
(nós entre parênteses)
[escusos] & {secretos}
12 guizos
cascavéis entrelaçadas
deslizam pelo quintal
e então me possuem
até todo o eu gritar
viscoso sobre sua
própria baba rala
bica meus olhos
o pardal rajado
puro instinto
de asas
&
pia
lobos
famintos
pela última
semente da tarde
deslizam pelo quintal
e então me possuem
até todo o eu gritar
viscoso sobre sua
própria baba rala
bica meus olhos
o pardal rajado
puro instinto
de asas
&
pia
lobos
famintos
pela última
semente da tarde
cristaleira
o sol se move por
entre
os móveis
& cada passo
em direção à noite
avança por
entre
os dentes
entre
os móveis
& cada passo
em direção à noite
avança por
entre
os dentes
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