... e o verbo fez se corpo
poética corporal
ética?
fotografias
do corpo
teste 1
fotos
corpóreas
o corpo boca
o corpo palavra
a palavra corpo
corpalavra
o corpo escrito
nú corpo
corpo do corpo
do corpo
olhar
tele-subjetiva
retratação
diafragma aberto
da palavra corpo
luz luz
um dois três
testando
luz
exercício número 2
abram seus corpos
na página 81
corpo porco
corporco?
erro erro ero
erro negativo
aumente a velocidade
1/o corpobturador
exposição no tempo
do corpo digital
corpo-imagem referente
do próprio corpo
fotografado
variações ou ângulos
corpografia
corpografar
corpografologia
corpus síntaxe
fotocorpo
corphoto
corpoema flash
revela
arte
revelar-te
me revelar
-te
29 janeiro 2010
27 janeiro 2010
no fundo da garrafa encontrei o pico vertiginoso da noite pulsando cores
no fundo da garrafa encontrei o pico vertiginoso da noite pulsando cores & quando acenderam as luzes vi olhos negros envoltos por fumaças desenhadas no etéreo do bar vago, olhos negros que agora podem ser verdes cinzas ou castanhos e até não serem olhos, mas naquele instante tão extremo que poderia ser outro instante, eram olhos, não sei se dois, ou um ou todos, olhos que beberam todas as horas escuras & absolutas para dentro deles no mais fundo possível da imaginação em preto & branco como 2 gatos selvagens que se arranhavam até ser possível o amor supremo debaixo da pele quente nas chamas dançarinas do inferno paradisíaco da sensualidade ardentemente febril & cortante como a paixão-furiosa-de-suas-unhas-tempestades-reluzentes-pontiagudas-facas-sedentas-por-lábios-vermelho sangue-de-gilete
17 janeiro 2010
stela
não lembrava se tinha matado alguém à noite.
na rua um homem lhe disse: - assassino!
não lembrava se tinha bebido
o quanto havia
e o que
muito menos seria capaz de dizer
quais substâncias ilícitas tinha dentro de si
ervas cogumelos cocas ácidos docinhos AMOR
a droga do amor
e suas cores
e estes cortes?
na mão na nuca nas pernas no pescoço
bolhas na ponta do dedo indicador
havia tocado blues?
por quanto tempo? com que intensidade?
usando quais acordes?
sentia saudades mas
do que de quem para que
e este sangue gelatinoso na cortina?
onde esteve? com quem? até que horas?
chovia? estava invisível?
eles o viram? disse-lhes algo? O que?
como voltou? por quais ruas?
o sol já havia saído?
por que as luzes estão acesas?
que gosto é esse na boca?
que perfume é esse na roupa?
por que há uma gilete na pia
p q a pia está aberta?
como disse? para que?
quem é esta mulher
enforcada na sala?
e este homem de gravata
com um revólver na boca?
que música tocavam
aquelas sombras de homens?
e este gato no teto
morto? dormindo? com medo?
o que significa o poema escrito
com sangue na porta do banheiro?
chorou enquanto andava na chuva?
e quem é este outro?
sou eu
sou eu?
eu?
não me lembro
e por que haveria de me lembrar
quem eu era?
de repente
não lembrar
de quem fui
é a saída para
deixar a si próprio
para trás?
por que lembro
que não lembro?
por que lembro
do que não consigo lembrar
mas que está lá
naquele eu
que ficou para trás
porque me lembro?
se não sei
se é eu
ou outra pessoa
você?
na rua um homem lhe disse: - assassino!
não lembrava se tinha bebido
o quanto havia
e o que
muito menos seria capaz de dizer
quais substâncias ilícitas tinha dentro de si
ervas cogumelos cocas ácidos docinhos AMOR
a droga do amor
e suas cores
e estes cortes?
na mão na nuca nas pernas no pescoço
bolhas na ponta do dedo indicador
havia tocado blues?
por quanto tempo? com que intensidade?
usando quais acordes?
sentia saudades mas
do que de quem para que
e este sangue gelatinoso na cortina?
onde esteve? com quem? até que horas?
chovia? estava invisível?
eles o viram? disse-lhes algo? O que?
como voltou? por quais ruas?
o sol já havia saído?
por que as luzes estão acesas?
que gosto é esse na boca?
que perfume é esse na roupa?
por que há uma gilete na pia
p q a pia está aberta?
como disse? para que?
quem é esta mulher
enforcada na sala?
e este homem de gravata
com um revólver na boca?
que música tocavam
aquelas sombras de homens?
e este gato no teto
morto? dormindo? com medo?
o que significa o poema escrito
com sangue na porta do banheiro?
chorou enquanto andava na chuva?
e quem é este outro?
sou eu
sou eu?
eu?
não me lembro
e por que haveria de me lembrar
quem eu era?
de repente
não lembrar
de quem fui
é a saída para
deixar a si próprio
para trás?
por que lembro
que não lembro?
por que lembro
do que não consigo lembrar
mas que está lá
naquele eu
que ficou para trás
porque me lembro?
se não sei
se é eu
ou outra pessoa
você?
10 janeiro 2010
amar-te em marte
há mar no seu olhar
infinito como amar
além do horizonte
& próximo do céu
da boca
Amar-te em marte há mar
envolvido por pérolas
& coroado por flores
abissais. chamar-te
estrela bailarina
do sonho
amar-te em marte há mar
acima do sétimo céu
& dentro do núcleo solar
tu: inexplorado planeta
chama sensual de gametas
do amor
amar-te como mar infinito
e escrever com este blues
que encanta os meus olhos
amores que mergulham em mares
mares de probabilidades
de amores
amar-te como o marinheiro ama o mar
mãos libidinosas como cobras
em algum espaço no tempo
dançam no ritmo do universo
e lançam nossos dados
da lua
amar-te como um mar em fúria
intransitivo amar
lábios de Billie Holiday
flor da alma da música
corpos de anjos sem asa
do jazz
amar-te em ondas prateadas
vagabundos incendiários
de corpos espaçonaves
voam livres libertinos
na santa madrugada
do rock
Se há morte em amar-te
quero amar-te em marte
08 janeiro 2010
desilusão
aparece para dizer que minhas viagens são muito por perto para me lembrar que não estou certo desaparece quando estou por perto se cala quando falo e ri do grito me enxerga monstro quando me sentia bonito me coloca mais para baixo do nível do inferno deseja feliz aniversário feliz natal e próspero ano novo me engana me ilude dança por perto esfrega lambe maltrata dá uma certa atenção para depois simplesmente dar as costas marca encontros e nunca aparece ou quando aparece já tem que ir diz que vai ligar mas não pede meu telefone pede fogo não aceita um drink me bate queima humilha ofende diz que não tem nada a ver me dá o fora tira onda com minha cara até o amanhecer e vai embora sóbria não me convida para suas festas não faz questão nenhuma comigo não dá comigo não vira comigo não rola comigo não goza quem sabe outro dia quem sabe outra hora pedir um beijo é como pedir esmola roubar um beijo então é quase estupro pergunta meu emprego e sabe que não tenho profissão diz que ele é muito bom no que faz e que adora as mulheres o poeta não me reconhece na rua vira cara corta a volta e diz que devia esta trêbada que as músicas que gosto sao antiquadas que os filmes são cafonas que me visto mal e que sou feio pra caralho me revela para mim mesmo escancara tudo o que escondo diz que até que poderia gostar de mim se eu tivesse cabelos lisos olhos claros grana carreira futuro casa própria e carro do ano como assim? ela pergunta alguém não pode ser alguém como você! pisa no meu pé arranca as cascas das feridas finca pregos no meu coração destronca meu pescoço me enforca sacode chuta grita me faz pensar em suicídio em cortar os pulsos em ingerir veneno de rato me faz sentir menos que um rato beija cachorro gato e até sapo atira objetos e cerveja na minha cara me difama pelos cantos e dá risadinhas quando passo para falar a verdade até aparenta um certo distanciamento filosófico mas são só seus óculos dizendo tudo isso para minha timidez que te ama que te ama? o que é o amor depois de dezenas de amores desfeitos? pergunto isso e diz que sou louco mas não daqueles loucos que gosta sim aqueles loucos sem dentes que babam cagam na calça e giram nas praças
01 janeiro 2010
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