sempre curti
chapéu mexicano
apesar de não ter
coragem de ir além
da roda-gigante;
histórias de crianças
que voaram longe
& caíram sem memória
com um só tênis
namorados
com algodão doce nas mãos
vendo em choque suas garotas
girando felizes antes do óbito
ali mesmo na grama rala do parque
sorrindo com os dentes quebrados
& com um último desejo no dedo indicador
apontando a barraca de lata da maçã do amor
14 maio 2010
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4 comentários:
Nem no chapéu mexicano. Nada que me movesse além-chão. Sempre gostei da velocidade onde os pensamentos correm contra o tempo e os nossos olhos ficam atentos nas luzes que passam rapidamente. Irônico não? Ah maçã do amor com essa casca de açúcar de groselha dura, geralmente não conseguimos encarar até o fim e comer a maçã guardada, ficamos por lamber o doce e quando chega na maçã, já estamos enjoados.
É Lila ... Para isso temos Lawrence Ferlinghetti e "Um parque de diversões da cabeça" ...
haha gostei da perspectiva
Paranax,
Primeiramente quero agradecer muito a leitura e comentário de meu poema concreto BORDEL. Se tiver sua autorização quero utilizá-lo para divulgar meu blog. Agora quero lhe dizer uma coisa: você não foi apenas poeta com seu "Parque de diversões (parisa)", você foi repórter de um tempo que não viveu, mas tive a oportunidade de estar na praça, em frente à igreja e presenciar este fato do Chapéu Mexicano. Não é coisa de mãe para colocar medo na gente. Você já ouviu a música "Tudo o que Mãe pensa acontece? É do Tianastácia" Como se dizia antigamente fui testemunha ocular deste episódio. Apesar do nosso vento, as moças usavam minissaia e botas e as múisicas do "alto-falante" iam de Jerry Adriane a Agnaldo Timóteo.
Parque era lugar de beijo "roubado", reunia democraticamente gente de toda região. Parabéns. Seu poema transporta para histórias e geografias que não aparecem nos livros escolares.Grande abraço.
Braga Barros
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