.
carregar o que é
preciso no bolso
furado
ter somente
o necessário
para jogar
fora
decidir morrer
pela nonagésima
quinta vez
outro
dia
cortar
o pulso
devagar
para
fazer
charme
(chantagem)
; sem alteres
na consciência
às vezes acho
que sou livre
conec
-tado
dentro
dentro da
cadeia
fabril
roendo
unhas
rato
sentado
na
cadeira
des
cruzo as
pernas
,
digo
:
ontem
tirei
a CNH
para não
dirigir
amor sem ponto
final do poema
comunico:
às 12 horas
sairei daqui
hoje:
listar num papel
todas as atividades
necessárias para
amanhã. roteirizar
a vida
listar em outro papel
(desta vez exclame):
listar todas as atividades
necessárias para a vida!
roteirizar a vida!
aqui parece
um bom lugar
para morder
um coração
des (a)
parecer
consigo
em seguida
em seguida ir
à academia
- de letras -
trajado de alfa
beto para o chá
de cogumelo
acordar
abrir
olhos
começar
viver de
novo
pela (365 X
sua idade) vez
, não levando
em consideração
os anos bissextos
as noites de insônia
os amores eternos
desfeitos
os foras
os tombos
as horas de trabalho
escravo
os blockbusters
a cerveja quente
o vinho
azedo
o cigarro do paraguai
as internações
os livros
do mago
os desmaios
os afogamentos
os engasgos com a espinha
do peixe
as birras
as coças
os choques
elétricos
os envenenamentos
as intoxicações alimentares
o horário eleitoral
gratuito
o tancredo
o muro de berlim
as diretas
já
as provas
os testes
os exames
de HIV
os acidentes
a quase morte
os cortes
de energia
os porres
os vômitos
os vexames
as masturbações
os programas da TV
o coma
induzido
o aborto ou
a gestação
o parto
do aborto
os mass media pela metade
os programas da xuxa
o poeta
morto
os restos
as migalhas
a lavagem
cerebral
as memórias as
as memórias das memórias
as memórias que prefiro
esquecer
enviar sms:
no fim da
tarde ligar
para mim
& twittar:
diga-me que eu não estou
motivo:
escrever um poema é como se todos os outros
poemas tivessem sido deletados da realidade.
ou um e-mail
: desculpe não
posso responder
vosso e-mail
.
.
27 agosto 2010
21 agosto 2010
ocular
um olho
difere do
outro me
espia meu
olho voyeur
difere do
outro me
espia meu
olho voyeur
dois olhos
um ser
gêmeos
univitelinos
fantasiados
de pessoa
só apesar
dos olhares
específicos
um ser
gêmeos
univitelinos
fantasiados
de pessoa
só apesar
dos olhares
específicos
cada olho
retém o
olhar total
terceiro olho
cinematográfico
plural
reivindica
singularidade
visual
um olho
deseja
outros
olhos
olhos
na carne
olhos nús
de óculos
em cada olho
olhos infinitos
míopes
astigmáticos
cegos
olhos no olho a
olho nos olhos
retém o
olhar total
terceiro olho
cinematográfico
plural
reivindica
singularidade
visual
um olho
deseja
outros
olhos
olhos
na carne
olhos nús
de óculos
em cada olho
olhos infinitos
míopes
astigmáticos
cegos
olhos no olho a
olho nos olhos
coloridos
mágicos
robóticos
olho cada olho
como se fossem
códigos semi
óticos olhos
de medusa
caleidoscópicos
olhos gelatinosos
dentro dos olhos
embora
pisquem
ao mesmo
tempo sobre
o mesmo
mágicos
robóticos
olho cada olho
como se fossem
códigos semi
óticos olhos
de medusa
caleidoscópicos
olhos gelatinosos
dentro dos olhos
embora
pisquem
ao mesmo
tempo sobre
o mesmo
objeto referente
cada olho
câmera-nós
enxerga
um olho
diferente
do outro
enquanto
dois olhos
imaginam
miragens
outro olhar
fotografa
esta imagem
cada olho
câmera-nós
enxerga
um olho
diferente
do outro
enquanto
dois olhos
imaginam
miragens
outro olhar
fotografa
esta imagem
19 agosto 2010
dst cachaça
.
cd pirata do iggy
pop
cachaça girando
no copo
lingerie vermelha
so sex shop
let's make love
cd pirata do iggy
cachaça girando
lingerie vermelha
let's make love
nos fundos
pop
no copo
so sex shop
let's make love
nos fundos
do bar
cd pirata do iggy
no copo
cachaça vermelha
so shop
lingerie girando
no sex pop
let's make love
nos fundos
do bar sem corar
no copo
pop
so sex
shop
let's make
nos fundos
do bar love
sem corar
cd pirata do cachaça
shop
iggy sex girando
no copo
lingerie vermelha
so sex pop
so sex
pop
no copo
shop
let's make
love nos
fundos do
bar coroou o
falo sem corar
cd pirata girando
no copo
cachaça iggy
so pop
lingerie vermelha
sex shop
no sex
pop
so copo
shop
let's
make
love
nos fundos do bar
coroou sem corar
o falo
cd lingerie pirata
sex
do iggy cachaça
no copo
vermelha girando
no pop
no shop
pop
so sex
copo
let's make love
nos fundos do bar
sem corar coroou o falo
com a crista
cd pirata iggy
pop
cachaça giro
copo
lingerie vermelho
sex shop
pop
copo
sex
shop
let's make love
nos fundos do bar
sem corar coroou o falo
com a crista do galo
.
cd pirata do iggy
pop
cachaça girando
no copo
lingerie vermelha
so sex shop
let's make love
cd pirata do iggy
cachaça girando
lingerie vermelha
let's make love
nos fundos
pop
no copo
so sex shop
let's make love
nos fundos
do bar
cd pirata do iggy
no copo
cachaça vermelha
so shop
lingerie girando
no sex pop
let's make love
nos fundos
do bar sem corar
no copo
pop
so sex
shop
let's make
nos fundos
do bar love
sem corar
cd pirata do cachaça
shop
iggy sex girando
no copo
lingerie vermelha
so sex pop
so sex
pop
no copo
shop
let's make
love nos
fundos do
bar coroou o
falo sem corar
cd pirata girando
no copo
cachaça iggy
so pop
lingerie vermelha
sex shop
no sex
pop
so copo
shop
let's
make
love
nos fundos do bar
coroou sem corar
o falo
cd lingerie pirata
sex
do iggy cachaça
no copo
vermelha girando
no pop
no shop
pop
so sex
copo
let's make love
nos fundos do bar
sem corar coroou o falo
com a crista
cd pirata iggy
pop
cachaça giro
copo
lingerie vermelho
sex shop
pop
copo
sex
shop
let's make love
nos fundos do bar
sem corar coroou o falo
com a crista do galo
.
17 agosto 2010
.
.
a
sala químic
a
sala | única
com di | vi
sórias a 20
sórias a 20
° cheirando
perfume do
ce enjoativ
o
chefe único
com di vi s
ó rias a 30°
cheirando r
emédios e c
oca amargos
oca amargos
a
sala | única
com di vi s
ó rias a 40
° computa
dor plugad
dor plugad
ona tomad
a
sala | única
com di vi s
ó rias a 50
° cheirando
perfume mo
rte próxima
à
sala químic
a
sala | única
com di vi s
ó rias a 60
° exalando
gases tóxic
os assassin
a
sala | única
com di | vi
| sórias | a
70° exala c
heiro de m
orte químic
| sórias | a
70° exala c
heiro de m
orte químic
a
sala | única
divisória as
divisória as
fixiante e q
uímica inala
ndo o cheir
o desta vid
uímica inala
ndo o cheir
o desta vid
a
morte quím
ica única se
m as divisó
rias asfixian
tes em cham
as exalando
a
morte arom
a das vítima
s e vida sala
única quími
ca com vist
a pra morte
a
0° vida sala
da morte al
a única cau
sa mortis d
a própria m
a única cau
sa mortis d
a própria m
orte químic
a
sala a - 1°
da vida vi
da químic
a sala sem
portas divi
sórias únic
as
a sala sem
portas divi
sórias únic
as
.
.
13 agosto 2010
.
possível ouvir a própria voz
ressoar nova no espaço ou
como se pertencesse a outrem
não é é sua sou toda sua diz
pelo menos para os que nestes
anos todos desde as primeiras
palavras até a tentativa de
poesia na vigésima quinta hora
levada às penúltimas consequências
ouvem desatentos os livros não
publicados tornados públicos
antes púdicos pêlos púbicos
sem público exceto sua mama
onde está minha voz pergunto
a mim mesmo em silêncio possível
.
possível ouvir a própria voz
ressoar nova no espaço ou
como se pertencesse a outrem
não é é sua sou toda sua diz
pelo menos para os que nestes
anos todos desde as primeiras
palavras até a tentativa de
poesia na vigésima quinta hora
levada às penúltimas consequências
ouvem desatentos os livros não
publicados tornados públicos
antes púdicos pêlos púbicos
sem público exceto sua mama
onde está minha voz pergunto
a mim mesmo em silêncio possível
.
12 agosto 2010
nf
fim de ex
pediente
onde devo
assinar aqui
ah sim obri
gado aqui né
isso o sol se
põe no pá
tio que dá
acesso à porta
ria de guardas
que não portam
armas usam
uniformes
de guardas
há uma ga
rota na porta
ria esperando
para ser chama
da um guarda
preenche for
mulários acho
que ela me
reconheceu
de domingo à
tarde quando
a vi com seu
namorado seus
lábios moveram
em forma de oi
acompanhado
de um sor
riso de cumpli
cidade
por favor
seria pos
sível dar
entrada
o guarda
carimba
o papel
assina apa
rentemente não
percebeu que
não entendo
nada disso obri
gado chutar
as pedras do
caminho é o
que melhor sei fazer
neste ano todo sempre
que o sol se vai
venta na cidade
nas mãos o doc
não sei para
quem entregar
temo por um
instante escadas cor
redores mulheres
trabalhando meninos
grampeadores bonés
nike buro
cracias vou volto
entro na sala
cheiro de ar
condicionado
tinta de caneta
papel amas
sado para quem devo
entregar para cleide
ah para cleide oi
cleide sor
ri da minha falta de
jeito com o documento
em branco pelo menos
tem carimbo de guarda
e meu nome
de batismo
incompleto
pediente
onde devo
assinar aqui
ah sim obri
gado aqui né
isso o sol se
põe no pá
tio que dá
acesso à porta
ria de guardas
que não portam
armas usam
uniformes
de guardas
há uma ga
rota na porta
ria esperando
para ser chama
da um guarda
preenche for
mulários acho
que ela me
reconheceu
de domingo à
tarde quando
a vi com seu
namorado seus
lábios moveram
em forma de oi
acompanhado
de um sor
riso de cumpli
cidade
por favor
seria pos
sível dar
entrada
o guarda
carimba
o papel
assina apa
rentemente não
percebeu que
não entendo
nada disso obri
gado chutar
as pedras do
caminho é o
que melhor sei fazer
neste ano todo sempre
que o sol se vai
venta na cidade
nas mãos o doc
não sei para
quem entregar
temo por um
instante escadas cor
redores mulheres
trabalhando meninos
grampeadores bonés
nike buro
cracias vou volto
entro na sala
cheiro de ar
condicionado
tinta de caneta
papel amas
sado para quem devo
entregar para cleide
ah para cleide oi
cleide sor
ri da minha falta de
jeito com o documento
em branco pelo menos
tem carimbo de guarda
e meu nome
de batismo
incompleto
10 agosto 2010
recaída
os olhos mar-
cavam 160
km/h
(...)
toxic
ácida
caída
finge
dor-
me
meu
ben
flor
gim
codi
nome:
curva
peri-
gosa
rua:
sem
saí
-da.
recaí-
do
in-
toxicado
bo k
CK
AC
(eus)
pés
cai-
xão
violetas
Z estrias
na língua
sinônimo:
ris-
co de
afoga-
mento
cer-
k elé
trica
K chor-
ro bravo
areia
move-
diça
esti
-lo:
"campari é
+ doce que
a vida no
segundo-
tempo tem
-po tempo:
04:37 AM
rangi-
dos de
dentes
bitas
no te-
to en-
tre &
sai do
banhei-
ro co-
pos de
amnésia
olhos ver-
des de
contato
no meus
tris-
tes sem
tato
mão
quente
num jeans
epidérmico
bob mar-
ley no
repeat
dói te
perder
sem
você
saber
trampo-
lim pa-
ra uma
piscina
vazia ...
desejo:
pisar des-
calça no
formigueiro;
sonho: perma
-necer assim en-
quanto
olho a
luz do
cruzeiro
da es-
tação
de trem;
entre-
linhas
entre
entre-
linhas
amor: por-
tal pa-
ra o in-
ferno. po
-sição de
quadris
frase a: me-
lhor não. fra-
se b: "você
diz muitas
palavras nu-
ma frase só"
ima
gem:
vazamento
de sangue
da narina
esquerda
ima-
gens:
ovos de lagar-
tixa & casulo
de borboleta
bruxa pica-
da de cobra,
rabo de es-
corpião &
queima-
duras de
terceiro
grau na
hipoder-
me tentá-
culos de
taturana
te'spero:
na beira
do bal-
cão do bar
meu
precí-
picio
para a mor-
te do amor,
ou recaída
parto
normal
da noite
na noite
da noite
que su-
cedeu o
eclipse
total
do sol
sem anestesia
(...)
osci-
lações
no es-
paço
tempo
aqui'stamos
pós-festa
oh! manhã
dominical
abertura
do dia-
fragma: 11
velo-
cidade do
obturador:
1/1000
.
.
cavam 160
km/h
(...)
toxic
ácida
caída
finge
dor-
me
meu
ben
flor
gim
codi
nome:
curva
peri-
gosa
rua:
sem
saí
-da.
recaí-
do
in-
toxicado
bo k
CK
AC
(eus)
pés
cai-
xão
violetas
Z estrias
na língua
sinônimo:
ris-
co de
afoga-
mento
cer-
k elé
trica
K chor-
ro bravo
areia
move-
diça
esti
-lo:
"campari é
+ doce que
a vida no
segundo-
tempo tem
-po tempo:
04:37 AM
rangi-
dos de
dentes
bitas
no te-
to en-
tre &
sai do
banhei-
ro co-
pos de
amnésia
olhos ver-
des de
contato
no meus
tris-
tes sem
tato
mão
quente
num jeans
epidérmico
bob mar-
ley no
repeat
dói te
perder
sem
você
saber
trampo-
lim pa-
ra uma
piscina
vazia ...
desejo:
pisar des-
calça no
formigueiro;
sonho: perma
-necer assim en-
quanto
olho a
luz do
cruzeiro
da es-
tação
de trem;
entre-
linhas
entre
entre-
linhas
amor: por-
tal pa-
ra o in-
ferno. po
-sição de
quadris
frase a: me-
lhor não. fra-
se b: "você
diz muitas
palavras nu-
ma frase só"
ima
gem:
vazamento
de sangue
da narina
esquerda
ima-
gens:
ovos de lagar-
tixa & casulo
de borboleta
bruxa pica-
da de cobra,
rabo de es-
corpião &
queima-
duras de
terceiro
grau na
hipoder-
me tentá-
culos de
taturana
te'spero:
na beira
do bal-
cão do bar
meu
precí-
picio
para a mor-
te do amor,
ou recaída
parto
normal
da noite
na noite
da noite
que su-
cedeu o
eclipse
total
do sol
sem anestesia
(...)
osci-
lações
no es-
paço
tempo
aqui'stamos
pós-festa
oh! manhã
dominical
abertura
do dia-
fragma: 11
velo-
cidade do
obturador:
1/1000
.
.
09 agosto 2010
entre marílias, mares & ilhas
.
o mar escreve
maresias nas ilhas.
mar ilhas poetas
maresias poesias:
névoas salgadas
finas, úmidas,
do mar sobem
ao ar com a
dança das ondas
flutuam comem
o império do homem
de ferro. conduzem
energia & excitam os
átomos do ferro &
oxigênio, criam oxi-
poemas sobre o litoral,
portões enferrujados
casas mofadas, opalas
de corrida corroídos
, chevetes 77 &
cadeiras de praia
carcomidas na areia
por microgotículas
de água marinha
maresias poesias
ligam os elétrons
dos átomos do ferro
aos elétrons do oxi-
gênio poético do ar
eu próprio & meus
ossos turistas
litorâneos entre
ligações molhadas
de O2 & Fe, enfer-
rujado, fruto de
carne, reação
química, condutor
elétrico - apareci
na sua fotografia
digital - maresia
do eu próprio, en-
louquecido pelo
sol & ensolarado
com ensolação, deli-
rando em maresias, são
sebastião, processos
de corrosão acelerados
por sais dissolvidos
em água que levam
elétrons do ar para
o ferro aumentando
a condutividade elétrica
do sistema, de acordo
com o cientista de BH, MG.
maresia poesia
spray de cristal
água do mar no corpo
de ferro do real
fabricado em série
pela revolução industrial
desde o século XIX
moramos no planeta oxi-
dado. somos seres enfer-
rujados. tudo isso para
voltar à tona e vê-las
entre velas & caravelas
marílias entre mares ilhas
maresias poéticas marílias
marílias do mar marílias
de ilhas manias marílias
ailiram marília marília garcia,
marília lunofagia maresias
marílias mares ilhas marílias
poesias
para evitar prejuízos,
é indicado usar tintas
com fungicidas na fórmula,
colocar revestimentos
antioxidantes em portões
& grades. nos carros,
o ideal é nunca deixar
áreas danificadas sem
pintura & lavar sempre
o veículo para remover
o sal
(ou a
poesia
do mar)
.
o mar escreve
maresias nas ilhas.
mar ilhas poetas
maresias poesias:
névoas salgadas
finas, úmidas,
do mar sobem
ao ar com a
dança das ondas
flutuam comem
o império do homem
de ferro. conduzem
energia & excitam os
átomos do ferro &
oxigênio, criam oxi-
poemas sobre o litoral,
portões enferrujados
casas mofadas, opalas
de corrida corroídos
, chevetes 77 &
cadeiras de praia
carcomidas na areia
por microgotículas
de água marinha
maresias poesias
ligam os elétrons
dos átomos do ferro
aos elétrons do oxi-
gênio poético do ar
eu próprio & meus
ossos turistas
litorâneos entre
ligações molhadas
de O2 & Fe, enfer-
rujado, fruto de
carne, reação
química, condutor
elétrico - apareci
na sua fotografia
digital - maresia
do eu próprio, en-
louquecido pelo
sol & ensolarado
com ensolação, deli-
rando em maresias, são
sebastião, processos
de corrosão acelerados
por sais dissolvidos
em água que levam
elétrons do ar para
o ferro aumentando
a condutividade elétrica
do sistema, de acordo
com o cientista de BH, MG.
maresia poesia
spray de cristal
água do mar no corpo
de ferro do real
fabricado em série
pela revolução industrial
desde o século XIX
moramos no planeta oxi-
dado. somos seres enfer-
rujados. tudo isso para
voltar à tona e vê-las
entre velas & caravelas
marílias entre mares ilhas
maresias poéticas marílias
marílias do mar marílias
de ilhas manias marílias
ailiram marília marília garcia,
marília lunofagia maresias
marílias mares ilhas marílias
poesias
para evitar prejuízos,
é indicado usar tintas
com fungicidas na fórmula,
colocar revestimentos
antioxidantes em portões
& grades. nos carros,
o ideal é nunca deixar
áreas danificadas sem
pintura & lavar sempre
o veículo para remover
o sal
(ou a
poesia
do mar)
.
sumidouro
.
ainda diz que sumo. você
sabia que seríamos assim
ao dizer que iria embora
para sempre. eu tive minha
escolha; mas não foi você.
você teve a sua. você foi
você. pendurei nosso cordão
umbilical no pescoço. "fora
isso não fiz nada no fim de
semana"."fiquei com ela até
tarde. sds ... vê sê não
some +". vc sabia que seria
assim quando decidiu viver
a sua vida... morar sozinha
pensando sempre em não estar
só, fazendo de tudo para ser
completamente só. mãe de um
aborto que não fez. faz frio
& você desapareceu comigo &
desapareceu com nosso mundo.
estou com o peito empedrado.
5, seis anos são suficientes
para o tempo aprender a falar
: que bagunça é sua casa! ah!
ah! ah! & 29 são suficientes
(+ um plano cinematográfico)
para rir da própria desgraça
.
ainda diz que sumo. você
sabia que seríamos assim
ao dizer que iria embora
para sempre. eu tive minha
escolha; mas não foi você.
você teve a sua. você foi
você. pendurei nosso cordão
umbilical no pescoço. "fora
isso não fiz nada no fim de
semana"."fiquei com ela até
tarde. sds ... vê sê não
some +". vc sabia que seria
assim quando decidiu viver
a sua vida... morar sozinha
pensando sempre em não estar
só, fazendo de tudo para ser
completamente só. mãe de um
aborto que não fez. faz frio
& você desapareceu comigo &
desapareceu com nosso mundo.
estou com o peito empedrado.
5, seis anos são suficientes
para o tempo aprender a falar
: que bagunça é sua casa! ah!
ah! ah! & 29 são suficientes
(+ um plano cinematográfico)
para rir da própria desgraça
.
06 agosto 2010
em nome da poesia
.
vozes antônimas da poesia nacional
desintonizadas do supremo fruto
podre das teorias acadêmicas, da pureza
estética refrigerada, dos pré-conceitos
vigentes de beleza, dos manuais gelados,
arrancadas das gengivas do belo, do cool,
do cânone, do hype, da intelligentzia
das páginas das revistas policiais,
para cairem diretamente na vida, na noite,
na estrada do terceiro mundo do terceiro
mundo, nos estrados de camas gerundiosas,
em particípios animalescos de nú frontal,
na reinvenção do desconhecido, na expansão
de todos os sentidos, na velocidade dos rios,
no ritmo dos batuques em transe, no movimento
silencioso dos animais selvagens famintos,
nos terremotos das arquibancadas do maraca,
nas matas mais fechadas, nos mares azuis,
na imprevisibilidade da próxima curva. com
o coração numa mão & uma faca enferrujada
no porão titia era se suicidar. vovó morreu.
tchau mãe: esta será a última tarde de infância.
a linguagem está liberada. tudo é permitido (de novo)
na poesia. a palavra deverá gingar, o poeta
possuir a palavra e esta o poeta. ser palavra ser.
não há leis que regem o verso; o tempo
é uma falácia para facilitar o cálculo da morte.
estamos soltos num planeta que flutua no espaço
outro nome existe para dizer: - "meu deus que baixaria,
que mau gosto, que pouca vergonha, que imoral!"
caro amigo: não há corpos não há cheiro. pronomes
do nome vigente, do autor do blogue, jamais nos
reconhecerão nas ruas
do alto de seus cérebros
nem distribuirão convites para o chá poético.
escreveremos a orgia
no sol com sangue
& vinho
em nome da poesia
& de tudo
o que desejarmos mais
.
vozes antônimas da poesia nacional
desintonizadas do supremo fruto
podre das teorias acadêmicas, da pureza
estética refrigerada, dos pré-conceitos
vigentes de beleza, dos manuais gelados,
arrancadas das gengivas do belo, do cool,
do cânone, do hype, da intelligentzia
das páginas das revistas policiais,
para cairem diretamente na vida, na noite,
na estrada do terceiro mundo do terceiro
mundo, nos estrados de camas gerundiosas,
em particípios animalescos de nú frontal,
na reinvenção do desconhecido, na expansão
de todos os sentidos, na velocidade dos rios,
no ritmo dos batuques em transe, no movimento
silencioso dos animais selvagens famintos,
nos terremotos das arquibancadas do maraca,
nas matas mais fechadas, nos mares azuis,
na imprevisibilidade da próxima curva. com
o coração numa mão & uma faca enferrujada
no porão titia era se suicidar. vovó morreu.
tchau mãe: esta será a última tarde de infância.
a linguagem está liberada. tudo é permitido (de novo)
na poesia. a palavra deverá gingar, o poeta
possuir a palavra e esta o poeta. ser palavra ser.
não há leis que regem o verso; o tempo
é uma falácia para facilitar o cálculo da morte.
estamos soltos num planeta que flutua no espaço
outro nome existe para dizer: - "meu deus que baixaria,
que mau gosto, que pouca vergonha, que imoral!"
caro amigo: não há corpos não há cheiro. pronomes
do nome vigente, do autor do blogue, jamais nos
reconhecerão nas ruas
do alto de seus cérebros
nem distribuirão convites para o chá poético.
escreveremos a orgia
no sol com sangue
& vinho
em nome da poesia
& de tudo
o que desejarmos mais
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ventos turvos (vídeo-poema)
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ventos turvos - paranax - 2010: vídeo-poema feito a partir da montagem de uma série de fotos encontradas na internet cuja temática era vento. projetado pela primeira vez no dia 01/08/10 no teto da concha acústica da praça central de paraisópolis, mg.
ventos turvos - paranax - 2010: vídeo-poema feito a partir da montagem de uma série de fotos encontradas na internet cuja temática era vento. projetado pela primeira vez no dia 01/08/10 no teto da concha acústica da praça central de paraisópolis, mg.
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05 agosto 2010
psico
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atrasado 13 anos. não
há como negar a própria
mente. vai ser quem você
é. não tem volta. o que
é uma mente livre, por ex.?
a real idade dentro da cabeça
& a realidade sobre... qual é
mesmo o (nosso) nome? espaços.
somos espaços. e s p a ç o s - entre
nós mesmos - que AUMENTAM
a cada con-
.................tato super_________________________
................................ficial._____________________
.......................................Eu
como aquelas memórias; amarelas
flores
.........(mergulha-
das no co(r)po)...............
murchas
exalam psicopoemas fora do tempo
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atrasado 13 anos. não
há como negar a própria
mente. vai ser quem você
é. não tem volta. o que
é uma mente livre, por ex.?
a real idade dentro da cabeça
& a realidade sobre... qual é
mesmo o (nosso) nome? espaços.
somos espaços. e s p a ç o s - entre
nós mesmos - que AUMENTAM
a cada con-
.................tato super_________________________
................................ficial._____________________
.......................................Eu
como aquelas memórias; amarelas
flores
.........(mergulha-
das no co(r)po)...............
murchas
exalam psicopoemas fora do tempo
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02 agosto 2010
carne de segunda
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22222222222222222222segunda-feira:22222222222222222222222
22222222222222222222segunda chance222222222222222222222
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