30 setembro 2010

transfusões

calço tua sandália surra
da na varanda experimen
to no chão o seu céu na ca
beça; vossas vestes ve
lhas: novas formas do cor
po que por si só con
tém uma forma (basta e
xaminar nossas imagens di
gitais inexistentes ain
da) o signo dos seus lá
bios descortino corre
dor sob a'ltima lástima men
sal perdido ultrapassa
do envio-me correspondên
cias sem remetente aos cui
dados do antigo endereço por
tanto transitório do jar
dim de florações concre
tas desconstruído em que
da calo a boca para escu
tar o que pensa de mim ab
surdo mastigo seus den
tes (à distância com o
lhar que falalém das pala
vras-pretextos pinga
das aleatoriamente no vão in
finito entre a gente) bro
taram pela metade na gen
giva rosada é tarde a
gora seu sangue escor
re para minhas veias es
tas dentro do corpo seu con
tra corrente alheios à su
perfície cardumes velo
zes fazem a piracema so
mos tomados pelo que so
mos pela impressão de que ou
vimos somente o que sabe
mos expressar inteiramente

2 comentários:

. disse...

ideal é quando o “inteiro” cabe num guardanapo...

Marília disse...

que linguagem absurdal.