depois que deletou a
conta no orkut nunca
mais nos comunicamos
estaria escondida no
facebook, divulgou o
wikileaks esta manhã
o mundo real parece
- como a infância -
cada x + ficcional
saudade dos "tablets"
de chocolate branco
pesquisei a palavra amor
em todos sites de busca
202.000.000 resultados em 0,09 segundos
"time after time"
na virtual radio;
entre chet e chat
eu
eu?
eu coletivo arriscamos
pegar uma caneta para
"passar a limpo"
numa época de inteligência coletiva
é díficil detectar a burrice individual
adão e
eva na
fila da
apple
os peixes de cristo caíram na world wide web
quero uma rede social preguiçosa para deitar
indígenas twittam do meio da floresta amazônica
lovets é um mini-software de uso instântaneo para amar
"sem o ipad minha vida
perdeu todo o sentido",
postou o pós-moderno
suicida
agora você pode ter um cérebro que não é seu
mas que pode ser acessado a qualquer hora e
lugar como se fosse por apenas 9 e 99 a hora.
"celular ultrapassado",
teclou a menina
ainda no útero
a imaginação é um banco
de dados
corrompido
11 dezembro 2010
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5 comentários:
gostei um bocado do jeito que escreves.
Supervalorização da inteligência virtual, banalização do amor, tecnologia que corrompe a imaginação...
justamente por isso teu blog torna-se tão magnífico, adorei a forma como se expressa e as questões que coloca em seus escritos.
Beijos
t. e Juliana S. prazer (embora virtual) em encontrá-las neste espaço.
Só não sou tão radical ao ponto de negá-lo, pois através dele é que conseguimos estabelecer, por exemplo, a comunicação que se processa agora. Só não podemos restringir nossas existências a fazendas digitais ...
Acho que é possível fazer usos mais inteligentes, críticos, poéticos, desta parafernália que querem vender ao ser humano como essencial.
Essencial para mim é agua, ar, sol, terra e poesia ...
Não tem jeito mais, ou estamos ou somos ignorantes. Bom, de uma forma ou de outra não é primordial em nossas vidas.
Waly Salomão disse "a morada do ser poeta é o mundo eletrônico hoje".
Declaração pertinente e que permite uma reflexão sobre a poesia neste mundo de tantas "diversões eletrônicas", algumas extremamente revolucionárias, outras apenas produtos para consumo veloz e desenfreado para serem, em seguida, descartadas.
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